segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Segurança do paciente é foco na saúde pública



“Segurança do paciente” é identificada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma expressão que define a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário, associado ao cuidado de saúde. Nesse sentido, os serviços de saúde prestados devem ser, cada vez mais, monitorados para que se alcance a qualidade no atendimento, exigida por toda a sociedade.

E a visão da segurança do paciente como prioridade estratégica é um compromisso do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), o que inclui a execução de uma série de esforços que visam à melhoria da comunicação e a transparência de informações, como a elaboração de protocolos, guias e manuais, a capacitação das equipes para lidar com esses processos e a vigilância de incidentes na assistência à saúde.

Por meio da Resolução RDC nº 36, de 25 de julho de 2013, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a obrigatoriedade da existência de um Núcleo de Segurança do Paciente nos hospitais brasileiros. “A implantação desse núcleo objetiva garantir a melhoria contínua dos processos de cuidado, com foco na assistência aos pacientes”, explica Karina Pires Pecora, especialista em Terapia Intensiva, com MBA Executivo em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas, Especialista em Qualidade e Segurança do Paciente pela Universidade Nova de Lisboa e fundadora e diretora de operações do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP), com sede em São Paulo.

Karina veio a Belém para ministrar treinamento aos profissionais do INDSH durante os dias 30 e 31 de agosto. O evento teve a participação de representantes de todas as cinco unidades administradas pela instituição no estado do Pará e foi realizado no Hospital Jean Bitar, em Belém. O evento foi aberto pelo diretor de Operações do instituto, Adriano de Lima.

“Nesses dois dias de curso, nossa ideia foi trabalhar as formas de controle da segurança do paciente, com envolvimento de todos. Identificamos o papel de cada profissional nesse trabalho e, inclusive, o fluxo correto de notificação das ocorrências. Nós precisamos entender que aprendemos com os erros. Tudo para que seja criada uma verdadeira cultura de segurança dentro das unidades de atendimento”, ressalta.

O INDSH é uma Organização Social de Saúde que administra hospitais pelo Brasil. No Pará é responsável pela gestão do Hospital Jean Bitar, em Belém; dos Hospitais Regionais Públicos do Leste, em Paragominas, e do Marajó, em Breves; do Hospital Geral de Tailândia; e da Unidade de Média e Alta Complexidade em Oncologia (Unacom), em Tucuruí.

Segundo a gestora de Farmácia e Logística do INDSH, Ludmila Alves Costa, a segurança dos pacientes “é um assunto extremamente importante e de grande relevância. Estamos em conformidade com a RDC da Anvisa e já implantamos em todas as nossas unidades os Núcleos de Segurança do Paciente a fim e de instituir ações e protocolos para promover uma maior assistência aos nossos pacientes”.

Os protocolos de segurança são uma barreira para evitar a ocorrência de eventos adversos durante o atendimento de pacientes. Por exemplo, se ocorrer uma queda de paciente da cama, a aplicação errada de medicamento ou falhas durante uma cirurgia, esses problemas podem causar danos à saúde do paciente e devem ser comunicados à Anvisa, que poderá propor ações visando a melhoria da qualidade dos estabelecimentos.

Ludmila ratifica que independentemente de qual serviço ou equipe que esteja realizando um trabalho, o cuidado com o paciente deve ser permanente. “Nessa política envolvemos todos os profissionais da saúde, mas, principalmente, os gestores. Estes são fundamentais para as mudanças nos hábitos dos nossos atendentes”, conclui.


Fonte:http://agenciapara.com.br/Noticia/152220/seguranca-do-paciente-e-foco-na-saude-publica

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