Assaltos a qualquer hora do dia fazem parte da rotina de quem trabalha e/ou transita na área central do bairro de São Brás, em Belém. Sem a presença efetiva de guardas municipais e de um policiamento militar mais ostensivo, a insegurança predomina em espaços como a Praça Floriano Peixoto e o próprio Mercado de São Brás. Assim como no entorno do Terminal Rodoviário de Belém e na Praça do Operário, onde a população padece com a falta de segurança.
Funcionário de um estabelecimento comercial situado do lado de fora do Mercado de São Brás, Gabriel Lima, 23, conta que a Praça Floriano Peixoto virou abrigo para usuários de drogas, que somada à ausência de agentes da guarda municipal, é alvo fácil para a criminalidade. Ele diz ainda que os próprios comerciantes da área pedem para os clientes terem cuidado ao transitar pelo local. Uma das medidas de segurança adotadas pelos trabalhadores é abrir os estabelecimentos às 7h e fechar pontualmente 16h.
“Já conhecemos quem assalta e a maioria são menores de idade. A gente avisa à polícia, mas eles não fazem nada. O principal alvo são mulheres”, reforça ele ao acrescentar que o estabelecimento é gradeado. Mesmo assim, já houve o registro de três tentativas de arrombamentos este ano. Quando precisa transitar pelo local, a secretária Ellen Santos, 19, afirma que, literalmente, passa correndo pela praça, temendo ser vítima de assalto. “Já presenciei várias brigas e assaltos aqui. A gente não vê segurança nenhuma”, critica.
GUARDA MUNICIPAL
Integrante da Comissão de Feirantes do Mercado de São Brás, a feirante Rosana Araújo Martins, 55, explica que o espaço possui uma guarita destinada à Guarda Municipal. Mas desde o início deste ano os agentes não ocupam mais o espaço, tornando o mercado e a praça ainda mais vulneráveis. Segundo Rosana, a última reunião da Comissão com a Prefeitura de Belém ocorreu em agosto passado, onde foi prometido o retorno da segurança, o que ficou somente na promessa.
“Há anos brigamos pelo retorno da guarda. O vice-prefeito disse que ia recolocar, mas até agora nada”, afirma, acrescentando que os feirantes se unem para pagar vigilância privada para fazer a segurança noturna no Mercado. “A guarda é de extrema importância para esse patrimônio que está totalmente abandonado, sofrendo com a insegurança e com a falta de reforma”, reclama Rosana ao citar que o local está cheio de goteiras.
“Aqui é assalto direto”, diz vendedor ambulante
A situação não é diferente na Praça Floriano Peixoto, em frente ao Terminal Rodoviário de Belém. A área que recebe dezenas de passageiros todos os dias não oferece nenhum tipo de segurança em sua área externa. Na tarde do dia 10 último, por volta das 15h30, passageiros de uma parada de ônibus situada na praça e ambulantes presenciaram um arrastão no local.
“Aqui era para ter um box da PM porque é assalto direto. Ainda a pouco teve um arrastão. Estavam armados com faca e cortaram o dedo de um rapaz para levar a mochila dele”, lamentou o ambulante Fernando da Silva, 54.
Por meio de nota, a Guarda Municipal de Belém (GMB) informou que “realiza rondas diárias com viaturas motorizadas, pelo complexo de São Brás, que inclui o Mercado e a Praça Floriano Peixoto”.
Fonte:http://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-460719-sao-bras-ali-a-inseguranca-comanda.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário